Blog destinado à postagem das aulas de geografia do 6º ano do C. E. Dr. Thiers Cardoso
domingo, 11 de novembro de 2012
terça-feira, 6 de novembro de 2012
domingo, 28 de outubro de 2012
sábado, 6 de outubro de 2012
Turma da Mônica ganha dois personagens soropositivos
Gibi lançado por Maurício de Souza quer conscientizar sobre aids na infância, diminuir preconceito e aumentar os hábitos preventivos da doença
Turma da Mônica ganha dois integrantes soropositivos. Gibis serão distribuídos no Distrito Federal | Foto: Divulgação
As informações são do iG
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Desmatamento na Amazônia aumentou 220% em agosto, diz Inpe
Jornal do Brasil
O alerta foi emitido pelo sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), gerenciado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e repercutiu internacionalmente em um blog da revista científica Nature.
O grande campeão do desmate na região foi o Pará, responsável por 43% das árvores derrubadas, seguido do líder histórico Mato Grosso (40%). O principal ponto de destruição foi o eixo da rodovia BR-163, a Cuiabá-Santarém. Outro local problemático é Altamira, cidade paraense onde está sendo construída a Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
Apesar de registrar uma redução de 17% no desmatamento na Amazônia Legal entre 1º de janeiro e 15 de agosto de 2012, no acumulado do mês de agosto o desmate na região teve um aumento expressivo de 220% em relação a 2011. Somente em agosto, 522 quilômetros quadrados de floresta sumiram do mapa na Amazônia, em detrimento de 163,3 km2 no mesmo período do ano passado.
Os dados tendem a ser bem próximos do número real de desflorestamento, uma vez que a cobertura de nuvens foi irrisória nos dois períodos comparados.
Os novos indicadores fizeram o Ibama deflagrar a operação Soberania Nacional, uma fiscalização nos pontos mais críticos de Pará e Mato Grosso para autuar desmatadores e apreender máquinas. O Ministério do Meio Ambiente afirmou que a operação conta com 300 agentes em campo.
O ministério declarou ainda que o aumento do desmate neste período ocorreu devido a uma antecipação dos meses de maior derrubada, entre agosto e outubro, meses de seca na região. Os principais fatores para isso foram a quebra da safra de milho nos Estados Unidos e a alta do ouro no mercado. Segundo o órgão, o sistema já começou a registrar uma redução do desmate neste mês de setembro.
terça-feira, 21 de agosto de 2012
A Capacidade de Cada Um
Eis dois vídeos que mostram a importância do professor para a sociedade e sua formação: a campanha do governo federal e, mais significativa ainda a meu ver, a homenagem de Caetano Veloso a uma das suas professoras.
A desvalorização da educação e do professor é que tem determinado a atual feição da nossa sociedade como uma sociedade ignorante e violenta, pois apenas a turba ignara sente orgulho da própria ignorância, e enxerga como único caminho da resolução de seus problemas o conflito via violência.
Aluno que enxerga o professor como um adversário elimina de sua vida a grande oportunidade do crescimento.
domingo, 29 de julho de 2012
Cientistas estudam semelhanças geológicas entre África e América do Sul
Jornal do Brasil
Segundo o professor da Universidade de São Paulo (USP) Miguel Basei, coordenador do estudo no Brasil, foi possível definir inúmeros locais do oeste da África que, ao redor de 500 milhões de anos atrás, estavam unidos a seus congêneres sul-americanos. “São terrenos que que eram contínuos, mas foram separados quando da abertura do oceano Atlântico. Essa identificação foi um dos pontos centrais de nossa pesquisa”, declarou Basei.
Pelas simulações feitas, em computador, é possível prever como a dinâmica de movimento dos continentes desenhará o planeta no futuro. Segundo o pesquisador, em 50 milhões ou 100 milhões de anos, haverá uma nova distribuição dos continentes com fusões e fissões das massas continentais atuais. Esse processo, que está em curso, inclui, o aumento da distância entre Brasil e África, com o oceano Atlântico se abrindo cada vez mais”, ressaltou.
Além da comparação geológica entre os dois continentes, os pesquisadores estudaram a forma como a América do Sul evoluiu. Ela cresceu em sua extremidade oeste por expansão de terrenos. “Antes da evolução dos Andes, que é uma cadeia de montanhas jovem, nós tivemos inúmeros terrenos que não se formaram na América do Sul, mas que se juntaram a ela em torno de 450 milhões de anos atrás”, conta o pesquisador.
O projeto permitiu a montagem de dois laboratórios que contam com equipamento de última geração: o Shrimp, sigla em inglês para microssonda iônica de alta resolução, e o Laicpms constituído por uma fonte de laser acoplada a um espectrômetro de massas. Ambos permitem a determinação da idade de minerais presentes nas rochas analisadas, forma usada pelos cientistas para caracterizar terrenos de épocas tão distantes. Segundo Basei, o mineral utilizado durante a pesquisa foi o zircão, que tem urânio em sua constituição. Ele conta que, com o tempo, o zircão se desintegra para o chumbo por força da radioatividade. A medição da quantidade desses elementos permite, assim, aos cientistas descobrirem a idade da rocha.
Após 5 anos de estudos, pesquisadores do Brasil, Estados Unidos, Africa do Sul, Austrália, Alemanha, França, Portugal, Uruguai e Argentina desvendaram as semelhanças geológicas entre os continentes africano e sul-americano. Eles pesquisaram a correlação dos terrenos que formam a parte oeste da África com o leste da América do Sul.
Essa abertura dos continentes teve início há 130 milhões de anos e segue gerando reflexos em toda porção leste da América do Sul. Um exemplo é a criação das bacias onde foram descobertos, recentemente, os poços de petróleo do pré-sal. Basei explica que esses fenômenos, porém, ocorreram em época mais recente do que a abordada pelos projeto. Apesar de não contemplar o período de estudo do projeto, o cientista lembra que a dissipação de energia gerada por esses processos recentes utilizam-se das feições mais antigas. “É importante conhecer a estruturação anterior para sabermos como no futuro elas poderão vir a influenciar este processo”, disse.
Portanto, a previsão de terremotos e vulcões, embora não tenha sido alvo da pesquisa, tem relação com o estudo evolutivo feito sobre os terrenos. Na Cordilheira dos Andes, explica Bassei, houve um 'mergulho' das placas oceânicas por baixo do continente sulamericano. “Esse processo gera vulcanismo e os terremotos, mas isso é porque lá o processo é distinto geologicamente do que ocorre no lado que diz respeito ao Brasil”.
Participaram do estudo 17 pesquisadores brasileiros (11 do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, 01 da Universidade Estadual de Campinas, 02 da Universidade Federal do Paraná, 01 da Universidade Federal de Pernambuco e 01 do Serviço Geológico do Brasil) e 12 cientistas estrangeiros (01 dos Estados Unidos, 02 da Africa do Sul, 01 da Austrália, 01 da Alemanha, 01 da França, 01 de Portugal, 02 do Uruguai, e 03 da Argentina).
terça-feira, 10 de julho de 2012
Um Texto Para refletir
SÓ DE SACANAGEM
Elisa Lucinda
Elisa Lucinda
Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."
Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!
domingo, 3 de junho de 2012
Histórias de quem se debruçou sobre os livros para vencer na vida
O Dia
POR MARIA LUISA BARROS
Rio - Eles driblaram a violência e uma vida de carências. Venceram o preconceito que teima em excluir pela raça, pela deficiência e pela pobreza. Paulo, Wallace, Vanderlei e Hugo são exemplos de vida para 6,3 milhões de jovens que estão nas universidades brasileiras, o dobro de uma década atrás. Estímulo para jovens do Rio, estado que tem o segundo maior índice de reprovação no Ensino Médio do País. E uma lição para 46% dos estudantes que não concluem esse segmento.
Após anos a fio debruçados sobre pilhas de livros, conquistaram salvo-conduto para uma vida sem discriminação. Paulo Rangel, 50 anos, se tornou, em 2010, o primeiro promotor negro do Ministério Público nomeado desembargador do Tribunal de Justiça pelo governador. Ex-porteiro das Casas Pernambucanas, publicou seis livros e fala três idiomas: inglês, italiano e espanhol. “Não sou gênio. Só estudei mais”, ensina o professor da Uerj, aprovado em 1º lugar no concurso.
'Fui vítima de preconceito racial, o que só me fortaleceu', Paulo Rangel, desembargador do TJ, 50 anos | Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia
Wallace Martins, 29 anos, resistiu à guerra do tráfico na favela da Grota, onde foi morto o jornalista Tim Lopes, e se tornou engenheiro. Fez doutorado pela UFRJ e comprou um apartamento para os pais que se mudaram do Complexo da Penha para Olaria. “Sem eles não teria chegado até aqui”, agradece o jovem que leciona no Cefet.
Assim como o pesquisador da Coppe, o professor doutor em História da América Latina, Vanderlei Vazelesk Ribeiro, 42 anos, recebeu dos pais operários a força de que precisava para superar a cegueira que o acompanha desde o berço e sobreviver no elitizado mundo acadêmico. “Na universidade muitos não me queriam nos trabalhos em equipe”, recorda o mestre, aprovado em oito concursos sem reserva para deficientes. No da Rural, ficou com a única vaga, disputada por mais cinco candidatos. Na última seleção conquistou cadeira de professor doutor na UniRio, onde trabalhou na juventude como ascensorista. “Tinha certeza de que um dia voltaria numa situação melhor”.
Hugo Rodrigues dos Santos, 24 anos, ex-morador do Complexo da Maré, ainda sob domínio do tráfico, também foi o primeiro de sua família a chegar à universidade. “Minha mãe é auxiliar de serviços gerais e meu pai, que já faleceu, era caminhoneiro”, conta o técnico em edificações. Cálculos do pesquisador Marcelo Neri mostram que quem tem curso superior — mesmo que ainda não o tenha concluído — tem salário 327% maior que quem nunca frequentou escola: “Nos desculpem os céticos, mas educação é fundamental”.
Ex-morador da Maré que construiu novo futuro
Hugo viu no curso técnico para pedreiro do Senai a chance de um futuro melhor. Das obras do PAC no Complexo do Alemão para a faculdade de Engenharia Civil foi um pulo para o jovem, que pretende saltar ainda mais longe. “Quero gerenciar grandes obras”, sonha o jovem, que concilia o trabalho como instrutor do Senai com as aulas do 1º período de Engenharia. A ascensão social de jovens como Hugo é reflexo do aumento da escolaridade dos brasileiros. De 2000 a 2010, o total de pessoas sem instrução ou com o fundamental incompleto (1º ao 9º anos) caiu de 65,1% para 50,2%, enquanto o de jovens com superior completo subiu de 4,4% para 7,9%.
segunda-feira, 9 de abril de 2012
A perpetuação da pobreza
Dráuzio Varella
Carta Capital
As periferias das cidades brasileiras parecem umas com as outras: casas sem reboco, grades de segurança, fios elétricos emaranhados, vira-latas e criançada na rua. Há 13 anos faço programas de saúde para a televisão. Procuro gravá-los nos bairros mais distantes, por uma razão óbvia: lá vivem os que mais precisam de informações médicas.
Carta Capital
As periferias das cidades brasileiras parecem umas com as outras: casas sem reboco, grades de segurança, fios elétricos emaranhados, vira-latas e criançada na rua. Há 13 anos faço programas de saúde para a televisão. Procuro gravá-los nos bairros mais distantes, por uma razão óbvia: lá vivem os que mais precisam de informações médicas.
Esta semana, como parte de uma série sobre primeiros socorros, gravamos a história de um menino de 2 anos que abriu sozinho a porta do forno, subiu nela e puxou do fogo o cabo de uma panela cheia de água fervente. A queimadura foi grave, passou duas semanas internado no hospital do Tatuapé, em São Paulo. Situada na periferia de Itaquera, a casa ocupava a parte superior de uma construção de dois andares. Subi por uma escada metálica inclinada e com degraus tão estreitos, que precisei fazê-lo com os pés virados de lado.
A porta de entrada dava numa cozinha com o fogão, a geladeira, as prateleiras com as panelas e uma pequena mesa. Um batente sem porta separava-a do único quarto, em que havia dois beliches, um guarda-roupa e uma divisória de compensado que não chegava até o teto, atrás da qual ficava a cama em que dormiam o pai e a mãe.
Nesse espaço exíguo viviam dez pessoas: o casal, seis filhos e dois netos. Os filhos formavam uma escadinha de 2 a 17 anos; os netos eram filhos das duas mais velhas, que engravidaram solteiras. O único salário vinha do pai, pedreiro. Por falta de pagamento, a luz tinha sido cortada há dois meses, os 300 reais da dívida a família não sabia de onde tirar.
No fim da gravação perguntei à mãe, uma mulher de 38 anos que pareciam 60, por que tantas crianças. Disse que o marido não gostava de camisinha, e que a existência dos netos não fora planejada, porque “essas meninas de hoje não têm juízo”.
Na periferia do Recife, de Manaus, de Cuiabá ou Porto Alegre a realidade é a mesma: a menina engravida em idade de brincar com boneca, para de estudar para cuidar do bebê que já nasce com o futuro comprometido pelo despreparo da mãe, pelas dificuldades financeiras dos avós que o acolherão e pelos recursos que terá de dividir com os irmãos.
Na penitenciária feminina, quando encontro uma presa de 25 anos sem filhos, tenho certeza de que é infértil ou gay. Não são raras as que chegam aos 30 anos com seis ou sete. Não fosse o tráfico, que alternativa teriam para sustentar as crianças?
Já escrevi mais de uma vez que a falta de acesso aos métodos de controle da fertilidade é uma das raízes da violência urbana, enfermidade que atinge todas as classes, mas que se torna epidêmica quando se dissemina entre os mais desfavorecidos. Essa afirmação causa desagrado profundo em alguns sociólogos e demógrafos, que a acusam de forma leviana por não se basear em estudos científicos. Afirmam que a taxa de natalidade brasileira já está abaixo dos níveis de reposição populacional.
É verdade, mas não é preciso pós-graduação em Harvard para saber que as médias podem ser enganosas. Enquanto uma mulher com nível universitário tem em média 1,1 filho, a analfabeta tem mais de 4. Enquanto 11% dos bebês nascem nas classes A e B, quase 50% vêm da classe E, com renda per capita mensal inferior a 75 reais.
De minha parte, acho que faz muita falta aos teóricos o contato com a realidade. Há necessidade de inquéritos epidemiológicos para demonstrar que os cinco filhos que uma mulher de 25 anos teve com vários companheiros pobres como ela, correm mais risco de envolvimento com os bandidos da vizinhança do que o filho único de pais que cursaram a universidade? Convido-os a sair do ar condicionado para visitar um bairro periférico de qualquer capital num dia de semana, para ver quantos adolescentes sem ocupação perambulam pelas ruas. Que futuro terão?
A falta de acesso ao planejamento familiar é a mais odiosa de todas as violências que a sociedade brasileira comete contra a mulher pobre.
Assinar:
Postagens (Atom)